O QUE É A FILOSOFIA?


A filosofia e os filósofos opõem-se constantemente sobre diversas questões a partir de diferentes princípios e das consequências que daí retiram. Deste modo a filosofia é um perpétuo recomeço, porque no seu seio não podemos encontrar respostas definitivas ou universalmente válidas. Por outro lado, a filosofia tem uma dimensão pessoal: cada filosofia exprime o estilo do filósofo que a propôs.

Em filosofia, as operações de base são: informar, problematizar, conceptualizar, julgar e argumentar. Os seus instrumentos de trabalho envolvem a análise (análise conceptual, lógica ou linguística), a síntese, a crítica e a dialéctica (discussão crítica). Os filósofos não privilegiam as questões elementares, abordadas de modo directo e vulgar, interessam-se sobretudo por questões complexas, gerais e mais abstractas, procurando remeter sempre as perguntas-problema para os

A filosofia é uma disciplina intelectual que utiliza métodos racionais e críticos. Trabalha com conceitos abstractos, procurando definir princípios gerais, respondendo às questões fundamentais da vida e da morte, do sentido da existência, dos valores individuais e sociais, da natureza da linguagem ou do conhecimento e da relação que temos com as coisas em si.

Em filosofia, podemos ter bons ou menos bons conceitos, bons ou menos bons argumentos, mas não podemos encontrar provas irrefutáveis, porque a filosofia não é uma ciência formal ou empírica (mesmo sendo o local onde as ciências se cruzam). De qualquer modo, a filosofia é fundamentalmente uma disciplina racional, ainda que os seus primeiros princípios não possam ser demonstrados.

A filosofia é múltipla: não existe uma, mas filosofias, diferentes e muitas vezes opostas umas às outras. Os filósofos elaboram algumas vezes umsistema respondendo sistematicamente, a partir de certos princípios de base (postulados fundantes considerados evidentes em si), às suas questões fundamentais (aquelas que são então definidas como sendo as questões essenciais, porque não existe consenso sobre essas matérias). Vários o fizeram, como Aristóteles ou Hegel. Outros não se decidiram por uma aproximação sistemática, privilegiando sobretudoabordagens críticas, como Nietzsche ou Derrida. Outros optaram por explorar uma área especializada da filosofia: filosofia da educação, da linguagem, da ciência, ética fundamental, estética, filosofia da psicologia, filosofia na Idade Média, etc. seus fundamentos últimos (valores e escolhas metodológicas fundamentais, postulados ontológicos e gnoseológicos).

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mulheres na filosofia

As Mulheres na filosofia deram constribuições notáveis. A história da filosofia demonstra a presença de várias mulheres filósofas. Seus trabalhos não foram reconhecidos e difundidos por questões culturais, mas a filosofia desde as suas origens pertenceu ao gênero humano independente de gênero.

Hipácia de Alexandria (415 d C)



Hipátia (ou Hipácia) de Alexandria (em grego: Υπατία), matemática e filósofaneoplatônica, nascida aproximadamente em 355 e assassinada em 415.

Hipátia era filha de Theon, um renomado filósofo, astrônomo, matemático, autor de diversas obras e professor em Alexandria.

Criada em um ambiente de idéias e filosofia, tinha uma forte ligação com o pai, que lhe transmitiu, além de conhecimentos, a forte paixão pela busca de respostas para o desconhecido. Diz-se que ela, sob tutela e orientação paternas, submetia-se a uma rigorosa disciplina física, para atingir o ideal helênico de ter a mente sã em um corpo são.

Hipátia estudou na Academia de Alexandria, onde devorava conhecimento: matemática,astronomia, filosofia, religião, poesia e artes. A oratória e a retórica também não foram descuidadas.

Maria, a judia, ou Miriam (séc. I d C)


Maria, a Judia ou Maria, a Profetisa, é uma antiga filósofa grega e famosa alquimista que viveu no Egipto por volta do ano 273 a.C..

Alguns a situam na época de Aristóteles (384–322 a.C.), uma vez que a concepção aristotélica dos quatro elementos formadores do mundo (o fogo, o ar, a terra e a água) condiz bastante com as idéias alquimistas de Maria, como o axioma de Maria: «o Um torna-se Dois, o Dois torna-se Três, e do terceiro nasce o Um como Quatro». Segundo Aristóteles, o enxofre era considerado a expressão do elemento fogo, e Maria o tomou como base para os principais processos que estudou. Ela menciona o enxofre em frases sempre misteriosas, como «uma pedra que não é pedra» e «tão comum que ninguém a consegue identificar». Maria conta que Deus lhe revelou uma maneira de calcinarcobre com enxofre para produzir ouro. Esse enxofre era obtido do disulfeto de arsênico, que é achado em minas de ouro. Talvez tenha sido essa a origem da lenda da transformação de metais menos nobres em ouro.

Dentre as invenções de Maria estão o kerotakis, uma espécie de barril fechado e o banho de vapor : para um aquecimento lento e gradual dos experimentos, em vez de manipular as substâncias diretamente no fogo, ela descobriu que era possível controlar melhor a temperatura se fosse por meio da água - que até hoje chamamos de banho-maria. Para além disso dois equipamentos de destilação (alambique), com duas ou três saídas para destilados — o dibikos e o tribikos — e um aparelho para sublimação, sendo-lhe ainda atribuída a descoberta doácido clorídrico. A maior parte das suas escrituras foram conservadas por Zósimos de Panópolis (300 d.C.).

Hipárquia de Maroneia


Hipárquia (em grego: Ἱππαρχία) de Maroneia foi uma filósofa cínica da Grécia Antiga, esposa deCrates de Tebas, que viveu em torno de 325 a.C.. É famosa por ter vivido uma vida de pobreza cínica, em igualdade de condições com o marido nas ruas de Atenas. Como a maioria dos cínicos, a influência reside no exemplo da vida, escolher um modo de vida que foi geralmente considerado inaceitável para as respeitáveis mulheres da época.

Asioteia de Filos (393 – 270 a C)


Axiothea de Flius foi uma discípula de Platão.

Ela nasceu em Flius, uma antiga cidade no Peloponeso, que estava sob o poder de Esparta, quando Platão fundou a Academia. Segundo Temistio, Axiothea leu "A República" e então viajou para Atenas para se tornar estudante do filósofo; estudou na Academia disfarçada de homem. Depois da morte de Platão continuou os estudos com Espeusipo, sobrinho de Platão.

Um fragmento de papiro dos Papiros de Oxirrinco menciona uma não identificada mulher que estudou com Platão, Espeusipo, e entãoMenedemus de Eritréia. O fragmento explica ainda que "na adolescência ela era adorável e cheia de graça." Uma provável referência a Axiothea.

Diotima de Mantinéia (427- 347 a C)


Diotima de Mantinea é uma filósofa e sacerdotisa grega com um papel importante no Banquete(Symposion) de Platão.

A filosofia de Diotima está na origem do conceito platônico de amor. A única fonte sobre ela é o próprio Platão e por isso não é possível assegurar se era uma personagem ou alguém que de fato tenha existido. Entretanto, praticamente todos os personagens dos diálogos platônicos correspoderam a pessoas que viviam na antiga Atenas.

Na obra, há uma passagem sobre o significado do amor. Sócrates é o mais importante dentre os homens presentes. Ele diz que na juventude foi iniciado na filosofia do amor por Diotima, que era uma sacerdotisa. Diotima lhe ensinou a genealogia do amor e por isso as idéias de Diotima estão na origem do conceito socrático-platônico do amor.

Segundo Joseph Campbell, "não é por acaso que Sócrates nomeia Diotima como aquela que lhe deu as instruções e os métodos mais significativos para amar/falar. A palavra falada por amor é uma palavra que vem das origens."

Aspásia de Mileto (470-410 a. C.)


Nascida em Mileto, pertenceu ao círculo da elite de Atenas onde conhece Péricles e com ele tem um filho. Como sofista da época, Aspásia também nada escreveu, e os relatos de sua habilidade como argumentadora e educadora, bem como sua influência política sobre Péricles encontram-se na obra de Platão.